A Guerra & Paz Editores conta, entre os lançamentos deste mês, com Crónica de África, da autoria de Manuel Fonseca, diretor editorial da chancela, sobre a sua experiência e memórias da juventude em Luanda.
O livro vai ser lançado publicamente no próximo dia 27, numa sessão que conta com apresentação de Ricardo Araújo Pereira e com a participação de Pedro Norton, que prefaciou a obra. O lançamento está a gerar grande expectativa, e o livro já foi alvo de menções por diversas individualidades na Comunicação Social.
A julgar pelo autor, que levantou um pouco o véu sobre este novo título, trata-se de «a minha crónica de África – my way», ou seja, um relato muito pessoal das memórias dos anos que passou em Angola. E diz ainda: «livro narcisista com foto minha, quase de bibe, na capa. É um livrinho em três actos, infância, adolescência e independência. Livro de fim de império, aqui se contam, com espanto e reverência, as coisas que desfilaram pelos meus olhos míopes: chimpanzés a beber coca-colas, indolentes caranguejos em fuga, idealistas a correr desenfreados para assistir a tiroteios. O meu amigo Pedro Norton prefaciou-o: quem, senão um amigo, aceitaria passar por tal provação?!».
O autor revela ainda que foi António Lobo Antunes que o convenceu a publicar as suas crónicas. Daí, «juntei as de Angola, reenquadrei-as e escrevi coisas novas: e não é que deu um livro?».
Este é um dos dez títulos de fevereiro da editora, em que se incluem os romances Retrato do Artista quando Jovem, de James Joyce, Liliputine, de Ernesto Rodrigues, em que o autor reinventa o romance-reportagem, Filhas do Vento, da estreante Fátima Moura da Silva, Os Dias da Birmânia, de George Orwell e Era Uma Vez Tudo, de Paulo Nogueira.
Outro lançamento, de José Jorge Letria, na coleção «fio da memória», tem por título Gabriela Canavilhas: A Política como Palco de Decisão. A Guerra & Paz publica ainda Atlas da Primeira Guerra Mundial, Poemas Eróticos sobre Frades, Freiras e Padres nos Clássicos da Literatura Portuguesa, com organização de Victor Correia e Romanças sem Palavras, de Paul Verlaine, com tradução do poeta João Moita e prefácio de Manuel Fonseca.
20 de fevereiro de 2023