Agrivabe em fase de expansão

A Agrivabe, cuja atividade se iniciou em 2011, em Tavira, pioneira na região desde a fundação, dedica-se à produção de frutos vermelhos em estufa para exportação, no interior daquele concelho do Sotavento algarvio, hoje parte da paisagem local. Encontra-se em franco desenvolvimento e expansão, contexto em que assume importância a produção de canábis medicinal para fins terapêuticos, desempenho que assume posição de crescente importância no universo empresarial do Grupo Madre.

A capacidade de produção em estufa no Sul do País beneficia do clima mediterrânico do Sotavento, ameno entre fevereiro e outubro, um dos pontos fortes da empresa. A estas características, que permitem colheitas precoces, juntou-se a capacidade de transporte rápido da produção para o Norte da Europa, em veículos refrigerados, sem o que estes pequenos frutos, muito perecíveis, perderiam as qualidades nutritivas. Na base deste processo, a associação dos produtores em organizações locais, que se ocupam da respetiva comercialização e transporte.

Esta modalidade de fruticultura recorre aos mais modernos requisitos e técnicas de cultivo, desenvolve-se em hidroponia e está instalada em estufas góticas e multitúnel, em propriedades de grande e média dimensão. A gestão faz-se de acordo com as práticas mais modernas em uso no setor.

A Agrivabe está instalada em duas propriedades, no Agrupamento de Freguesias de Luz de Tavira e Santo Estevão, a Quinta do Mirante, onde dispõe de 11 hectares de framboesa e amora, em estufas góticas; no Sítio de Amaro Gonçalves, na mesma localidade, produzem-se aqueles frutos numa área de 5 hectares, em estruturas multitúnel. Em Castro Marim, detém outra propriedade, de 30 hectares, onde cultiva abacate ao ar livre. A produção anual destes pequenos frutos ascende a 550 toneladas. A Agrivabe integra a Associação de Produtores Madre Fruta, entidade que comercializa a produção, escoada diariamente para o exterior.

A visão de longo prazo impulsionou a Agrivabe para um novo patamar, com a criação de instalações vocacionadas para o cultivo de canábis medicinal (na foto) para fins terapêuticos e a respetiva habilitação para procedimentos de elevada exigência tecnológica. Esta produção surgiu em instalações equipadas para o efeito numa das propriedades da empresa, a Quinta do Mirante. Acompanhando a tendência surgida recentemente no País, o segundo maior exportador de canábis medicinal a seguir ao Canadá, a empresa figura entre os maiores players a nível nacional.

Recuperando uma prática ancestral, o uso da canábis medicinal está a ser adotado com sucesso junto de doentes para alívio em diferentes patologias, contribuindo para a saúde e bem-estar.

A empresa detém uma pré-licença para produção desde 2019, que sucede à legalização da produção desta planta em Portugal para fins específicos, pela lei n.º 33/2018, e posterior regulamentação da mesma lei com o decreto-lei n.º 8/2019. Alcançou a certificação Boas Práticas Agrícolas e de Colheita (GACP), e a primeira colheita ocorreu em 2021.

A Agrivabe alia segurança e eficácia para responder aos mercados mais exigentes, como Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Suíça e Austrália.

30 de setembro de 2025