Guerra & Paz propõe leituras para julho

A par de um desfiar de recordações da juventude, no auge do movimento hippie e do flower power e das leituras que estimularam a sua imaginação quando vivia na cidade de Luanda, Manuel Fonseca, Diretor Editorial da Guerra & Paz, anunciou os ançamentos do mês de julho, em pleno Verão de 2024: o título mais sonante é certamente Mein Kampf, de Adolf Hitler, edição que surge nos escaparates precedido de um ensaio da autoria do editor, intitulado Ascensão, poder e crime do nazismo, contributo contra o esquecimento e contra o anti-semitismo que se verifica na atualidade, nomeadamente na Europa. Ainda a respeito de um grande acontecimento no passado do continente europeu, a Guerra & Paz dá à estampa Atlas da Revolução Francesa, de Pierre-Yves Beaurepaire e Silvia Marzagalli, edição que inclui 120 mapas sobre a revolução e as suas contradições.

Em português e quando se celebram os 500 anos do nascimento de Camões, eis Quatro Cartas e um Bilhete a uma Dama, que inclui nomeadamente missivas do poeta endereçadas a amigos de Ceuta, na Índia. E ainda um título de um autor português contemporâneo, Ernesto Rodrigues, O Bom Governo. A língua portuguesa é o traço comum com outro título do angolano João de Miranda, Percurso de um Combatente, Feitos e Testemunhos Principais, do autor que foi combatente da luta armada e é atual embaixador de Angola em França..

A editora não fica por aqui, com Tristana, de Benito Pérez Galdós, traduzido por Pedro Ventura, obra que esteve na origem do filme do mesmo nome de Buñuel.

Ainda este mês, na chancela Euforia, surgem Distorção, de Liliana Rodrigues Brito e, na Crisântemo, 100 Questões Fundamentais para Pais Conscientes, da autoria da pediatra Marisol Anselmo.

Quem disse que as múltiplas solicitações do Verão afastam os leitores dos livros? As propostas acima aí estão para os desafiar.

 

14 de julho de 2024